domingo, 5 de setembro de 2010

Insinuante solidão

Eu pensei até mudar esse design aqui. Me pareceu tão desinteresssante. De repente era só minha vida transformada em palavras que não são lidas.
Pensei em deletar também. Contei até dez e respirei fundo. Eu lembrei de todas as vezes que deletei os números da agenda do meu celular e de tantas outras que apaguei os e-mails, e como isso nunca foi suficiente.
Ai eu pensei em sentar e ler um livro e sentei, e eu chorei por 45 minutos e depois pensei por outros 30. Essa vida de aparências tá acabando comigo. Sorrir pra solidão sempre foi meu maior desafio. E eu estou sucumbindo. As minha alma está ferida de tentar sobreviver. E na guerra os cansados sempre ficam pra trás. O meu sofá sabe mais de mim que o meu espelho.
Eu pensei em fazer uma porta-painel onde eu pudesse escrever todos os dias coisas que soassem como música clássica em ouvidos apurados. E quando não quisesse mais ler era só abrir as portas. Mas eu só pensei, tudo que penso não se transforma no que faço. E o que faço se transforma imediatamente em coisas que não deveriam ter sido feitas.
E eu fico aqui pensando em uma maneira de sair de toda essa mesmice, de todo esse circulo vicioso e entediante. E pensar tem arruinado os meus dias.
Então pensei em desistir, não como ato de covardia, mas como ato de coragem. Dar um passo pra trás e começar de novo. Começar de onde?

Eu só preciso descobrir onde minha vida se perdeu.

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