domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ele.

Ela se perguntava se tudo dependia de escolhas.
Não conseguia mais compreender atitudes, nem tampouco imaginar os motivos das mesmas.

Ela tinha uma rosa, e coloridos. Estava de uma maneira abusiva nada sensual. Talvez isso tivesse incomodado as outras pessoas, esse chamar atenção não pela beleza. Cresceu aprendendo artificios de como ser mágica sem ter prática com as cartolas, os coelhos e os truques.

Não bastasse os problemas que se sobrepunham em cima da mesa, ela ainda tinha esses que eram criados pelo falso moralismo, pela deslealdade e as cortinas de fumaça ao amanhecer.

Ela fechava os olhos e se via em meio a grunhidos selvagens em pleno cenário urbano. E junto deles todos seus planos de fundo coloridos foram desmoronando em um cinza escuro desconsolador.

A vida é feita de escolhas. E as escolhas elegem a vida que você vai viver.
Nesse momento, Alice pensava que elegeu os tecidos claros, e a pele branca, que os olhos devessem ser da cor da alma, e o sorriso fosse sincero como acordar ao lado de alguém depois de 5 anos de casados.

Ela queria viver, viver suas escolhas e se as mesmas fossem como abrir o dicionário e encontrar em seu sinônimo palavras destrutivas, ela estava disposta a enfrentar.

Porque ela não sabia que nenhuma palavra pudesse ficar tão bela quanto aquelas do dente torto e dos olhos da alma.

Nenhuma.

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