Ela escolheu o branco. Hoje ela está suave, como a existência. Pegou alguns pedaços de tecido que estavam escondidos no seu baú de recordações e resolveu tecer um manto onde as palavras ficassem visíveis... para que ninguém, nunca mais, perdesse suas profundas entrelinhas.
terça-feira, 13 de julho de 2010
De volta em mim.
Nos últimos tempos ela tem procurado.
Tenta tirar de dentro de ti toda essas dúvidas. Mas tudo que encontra é inconsciência. É engraçado como não sabe bem ao certo quando as coisas começaram. A busca dela é sempre a mesma.
E ela se encontra em todas as pessoas. Ela faz parte de cada partícula que compõe o universo.
Tudo está à sua volta.
Lembra-se do trem que esperava quando criança. Seus olhos atentos regozijavam-se fitando o horizonte, que morria em uma curva de não-saber-pra-onde-vai. E ela não gostava de não saber o que esperar. E esteve pensando, que a vida era sempre esse não saber o que virá, nem de onde vem.
Esteve pensando que pensar seria a coisa que a afastaria do todo, de um universo cheio de não-sei-oquê.
E cansada, esvaziou a cabeça. Ela agora só esperava o trem. Queria de volta o seu nada. O seu bem-querer.
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