quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Azar no jogo.

Nunca foi verdade, foi?

Nem a chuva que nos molhava o corpo era verdadeira.
Nem os nossos pés em sincronia, os caminhos que levavam aos mesmos lugares.
Os encontros, casuais ou não.
Os teus olhos no espelho, eu no teu colo, a tua cadeira girando.
Era uma brincadeira. Um jogo que eu sugeri e você aceitou jogar.
Quando cansou, você trocou a fita.
Agora sou um nintendo no armário de alguém que não coleciona videogames.
Sou um atari que se vende pra aproveitar as peças.
Estou em desuso.
Mas na sua casa, pelo teu quarto, pela sala, pela cozinha, nos caminhos que te levam ao banho, na tua cama, com os pés na tua prateleira, no filme que nunca assistimos, eu ainda estou.
Mesmo que o amor não seja um jogo feito pra ganhar.
Que só reste na minha memória gasta de videogame antigo.


Mesmo que este jogo a gente não jogue mais.

Um comentário:

  1. porque o que mais vale num jogo não é ele estar sendo, mas as emoçoes que um dia proporcionou [visao de qm mto jogou e joga e as vzs lamenta o q nao existe mais rsrs]

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